ACRIDAS

Equipe ACRIDAS

A Acridas “nasceu” a partir de uma ação de um grupo de jovens da Igreja de Cristianismo Decidido, que nos anos 80 visitava alguma obra social uma vez por mês. Estes jovens também começaram a dar atenção a um grupo de pré-adolescentes que cheiravam cola e frequentavam a praça do Redentor (do Gaúcho) e suas redondezas em Curitiba. Tal envolvimento provocou então o convite do casal de empresários Gunther e Ursula Algayer para que os jovens construíssem um trabalho social para atender a crianças em risco, para o qual a família fez a doação do terreno de 30 mil m2 onde até hoje está a sede da organização. Os jovens aceitaram o desafio e construíram um projeto de atendimento de crianças em casas lares, ou lares substitutos, que resultou na fundação da Acridas em agosto de 1984. No decorrer dos anos, sendo este tipo de acolhimento testado e bem sucedido, foi contando com o apoio da sociedade, que, ao longo dos anos, com doações e mobilização possibilitou a construção de 8 casas, além de espaços comuns, para escritório e atividades sociais. O dinamismo dos jovens levou então a Acridas a atender a população de moradores rua através da Casa do Redentor, hoje administrada pelas Igrejas Batista e Luterana, a assumir a gestão do berçário municipal e a colaborar no desmonte de dois orfanatos do estado, Hermínia Lupion e Munhoz da Rocha, nos anos 90, chegando a atender mais de 140 crianças ao mesmo tempo em 32 casas espalhadas pela cidade. Começou também um trabalho voltado à independência dos adolescentes, com a aquisição de duas casas fora da aldeia principal para o seu acolhimento, e também o trabalho de desenvolvimento comunitário no Bairro do Bonfim em Almirante Tamandaré. Nos anos 2000 foi construída a estrutura onde existe hoje o berçário para 30 crianças e o centro administrativo. Além disso, Acridas administrou por mais de 15 anos a Creche Lar Azul, para cerca de 150 crianças, localizada no bairro do Boqueirão, e depois adquirida e hoje administrada pela prefeitura municipal. Um dos marcos foi uma reinvenção da entidade com a adaptação dos trabalhos ao novo Estatuto da Criança e do Adolescente (publicado em 1991), que ocorreu com assessoria especializada com o nome “A Criança na Família”, e que direcionou os profissionais a, em primeiro lugar, buscarem as famílias de origem visando o retorno familiar, e, num segundo momento, ajudar a preparar o processo de adoção das crianças que não tinham possibilidade de retorno para a família biológica. No primeiro ano 44 crianças voltaram para suas famílias, o que demonstrou que um sistema focado apenas no acolhimento privava muitas crianças de uma volta às suas origens. Calcula-se que neste mais de 32 anos de história, mais de 2.000 crianças e adolescentes passaram alguma fase de sua vida nas instalações da Acridas, que trabalha incessantemente para que tenham a oportunidade de mudar sua história e construir um futuro melhor. É um trabalho feito a muitas mãos.